Ter consciência da sustentabilidade ambiental inevitavelmente vem crescendo nos últimos anos, tendo em vista preocupações que vivenciamos todos os dias, como as repentinas mudanças climáticas, a poluição e o esgotamento dos recursos naturais. Com isso em mente, cada vez mais os arquitetos buscam desenvolver seus projetos com estratégias que diminuam os impactos causados ao meio ambiente e ao mesmo tempo sejam espaços confortáveis e saudáveis para seus moradores. Se deseja conhecer algumas tendências de arquitetura que irão te ajudar a deixar sua casa um ambiente sustentável, continue lendo abaixo que ajudaremos você! Materiais sustentáveis Os materiais sustentáveis são aqueles selecionados tendo em conta seu impacto ambiental, desde sua extração ou produção até seu descarte ou reciclagem. A intenção é que esses materiais sejam provenientes de recursos que se regenerem ou são facilmente reciclados e ao mesmo tempo seguros para a saúde humana, de modo que não transmitam poluentes prejudiciais e emitam o mínimo possível de compostos orgânicos voláteis (VOCs), no qual estão relacionados à poluição atmosférica e causadores de problemas de saúde. O tijolo ecológico é um exemplo que vem ganhando cada vez mais destaque no mercado. Ele é feito a partir de água, cimento e terra ou outros materiais recicláveis como o plástico e pneu. Além do fator sustentável, o tijolo ecológico pode ser uma opção para quem busca uma estética rústica e orgânica. Para o telhado, podem ser utilizadas telhas ecológicas. Elas são feitas a partir de materiais recicláveis, como o plástico e a fibra de papel. Além da grande redução da geração de resíduos, este tipo de cobertura apresenta outras vantagens como a diminuição de custos de matérias durante a obra e maior velocidade de instalação, além de ser um material resistente que também contribui para o conforto térmico/acústico da construção. Outra opção é o uso do telhado verde, procedimento que utiliza o telhado natural como cobertura. Esta opção contribui drasticamente para a melhoria da qualidade do ar local e ao redor da edificação. como também reduz o efeito ilha de calor. Além disso, a água captada por esta estratégia pode ser aproveitada para fins não potáveis, como por exemplo o uso em jardins. Para a pintura, a aplicação de tintas com baixa ou nenhuma emissão de compostos orgânicos voláteis (COVs) contribuem para qualidade do ar e a prevenção de poluição atmosférica. Podem ser utilizadas tintas ecológicas que funcionam muito bem quando aplicadas nas superfícies. Sistema construtivo sustentável O sistema construtivo adotado pode contribuir significativamente para a melhora da sustentabilidade. Um exemplo é a construção pré-fabricada que se caracteriza pela redução significativa de desperdício de materiais e por causar menor impacto no ambiente da construção. Se trata de um sistema em que se constrói os componentes, como paredes, lajes, pilares e vigas fora do ambiente de obra e depois são transportados até o local para serem montados. Existe também o sistema construtivo modular, em que módulos construídos fora do canteiro de obra são também transportados para serem montados. Além do fator ecológico, esses sistemas construídos possuem um tempo de construção significativamente mais curto em relação à construção tradicional podendo ser combinados com materiais sustentáveis como os citados anteriormente. Estratégias sustentáveis Algumas estratégias podem ser empregadas para promover uma casa sustentável e desempenhar um papel crucial se utilizados em nossa residência. Uma das principais abordagens é adotar princípios de projeto em que se aproveitem ao máximo os recursos naturais e diminuam a necessidade de meios artificiais. Um projeto arquitetônico em que os cômodos são posicionados propositalmente para receber luz solar e ventilação, de modo que o consumo de energia pode ser reduzido significativamente e melhore o bem-estar fisiológico deve ser levado em consideração pelo projetista. O uso de painéis solares são cada vez mais comuns e são instalados nos telhados ou em outros ambientes abertos com a função de converter a luz solar em eletricidade, se forem fotovoltaicos ou aquecer a água se forem térmicos. Os ambientes verdes contribuem significativamente para a melhoria da qualidade do ar, pois reduzem o efeito das ilhas de calor e absorvem água. Podem ser feitos projetos de paisagismo em diferentes partes da casa, como por exemplo aplicação de árvores e plantas para criação de sombreamento e purificação do ar. Também pode-se criar um jardim vertical, no qual um dos principais benefícios é a preservação e aumento da biodiversidade do local, além da filtragem de ar. Veja também: 6 dicas para deixar sua casa mais confortável! Afinal, como aplicar essas tendencias arquitetônicas para que minha casa seja mais sustentável? Como vimos acima, existem várias tendencias que permitem que nosso lar seja um ambiente sustentável, além de muitas outras que virão com tempo, tendo em vista a crescente consciência da sustentabilidade ambiental. Para aplicar algumas destas ideias tenha em mente o estilo de sua residência, pois algumas destas abordagens afetarão o caráter estético dela. Por exemplo, o uso do tijolo ecológico pode não agradar a todos devido seu visual mais rústico, do mesmo modo que o uso de telhado verde também possa não agradar a quem quer uma cobertura com telhas aparente. Leve em consideração também a necessidade de um estudo sobre os custos das estratégias que se deseja fazer. Todos itens apresentados acima possuem pontos positivos para a sustentabilidade e nosso bem-estar, porém o contato com um profissional habilitado é imprescindível para verificar a viabilidade dessas tendencias. Agora que você conhece essas tendencias em arquitetura sustentável para sua casa, deixe nos comentários qual mais gostou e qual escolheria no projeto de sua residência!
Terreno Plano, em Declive e em Aclive: qual a escolha ideal para sua residência
Uma das etapas mais importantes no momento em que queremos fazer o projeto de nossa casa é a escolha correta do terreno. Existem basicamente três tipos: terreno plano, terreno em declive e terreno em aclive e variam significativamente em termos de sua topografia e inclinação, como também apresentam suas próprias considerações e desafios durante o processo de construção, mas, ainda assim com grandes possibilidades de projeto! Deste modo, é importante que os arquitetos e engenheiros considerem cuidadosamente as características de cada tipo de terreno para planejar e executar os projetos em conformidade com as exigências do cliente. Se você deseja conhecer mais sobre cada um dos tipos de terreno, continue lendo abaixo que ajudaremos você! Terreno Plano O terreno plano é aquele que está alinhado com o nível da rua e sua superfície é relativamente uniforme, com pouca ou nenhuma inclinação perceptível. Sua principal característica é a possibilidade de economizar em algumas etapas de projeto: a preparação do terreno tende a ser menor em comparação aos outros tipos de terreno, pois a movimentação de terra é mínima ou mesmo inexistente, também possibilitando a ausência de muro de arrimo. É possível também economizar na etapa de fundação, pois ela tende a ser menos complexa. Uma escolha que pode ser levada em consideração é o uso do radier, uma estrutura de concreto rasa e de baixo custo, além de rápida velocidade de execução, ponto que pode ser interessante para alguns tipos de projeto! Outra vantagem do terreno plano é sobre as questões de acessibilidade. Devido à sua natureza plana, terrenos planos são facilmente acessíveis para veículos e pessoas de mobilidade reduzida, como idosos e deficientes físicos. Embora terrenos planos sejam frequentemente considerados ideais para construção devido à sua uniformidade e economia, também deve-se levar em consideração algumas questões: O escoamento de água tende a ser mais dificultado devido sua natureza plana, exigindo que o arquiteto busque estratégias para evitar futuros problemas. Outro ponto que se deve levar em consideração para algumas pessoas é a limitação de paisagem para quem busca maior interesse visual. Outros tipos de terreno podem favorecer melhor o entorno, valorizando a localização do ambiente construído! Terreno em declive O terreno em declive possuí uma inclinação para baixo conforme você se move para os fundos. Sua principal característica é o declive em relação ao nível da rua, podendo variar de suave a íngreme, dependendo da topografia do terreno. Este é um ponto que se deve levar em consideração, pois muitas vezes em terrenos de muita inclinação, a metragem de área construída de uma casa se torna alta, devido ao fato da necessidade de se construir áreas na parte inferior do terreno, em que caso ao contrário, um aterro por exemplo, seria de custo muito alto. Uma das principais vantagens deste tipo de terreno são as vistas panorâmicas ou ambientes na natureza. Muitas pessoas optam por este tipo devido a potencialidade de belas vistas para os fundos da casa, o que pode aumentar o valor e o caráter estético da propriedade. Outro fator relevante é a privacidade. Como os projetos neste tipo de terreno tendem a ser em mais de um pavimento, é possível separar a área social da área íntima dando assim maior privacidade em relação às atividades sociais que ocorrem comumente no térreo. Desta forma, também é possível explorar melhor as áreas destinadas ao lazer, como área gourmet, jardins e piscina. Apesar dos terrenos em declive oferecerem vantagens estéticas e paisagísticas, eles também podem apresentar desafios significativos que devem ser considerados durante o planejamento. O custo de construção tende a ser mais caro em relação aos terrenos planos, isso ocorre devido a necessidade de terraplanagem e construção de muros de contenção em alguns casos. Além disso, o tipo de fundação geralmente é mais caro, devido sua maior complexidade. Veja também: Sobrado ou casa térrea: qual escolher? Terreno em aclive Ao contrário do terreno em declive, o aclive a inclinação ocorre para cima, ou seja, a parte dos fundos está mais elevado que o nível da rua. Sua principal característica é a necessidade de fazer um “recorte” de terra para nivelar o terreno. Para que este recorte não seja muito grande, é frequente a construção de casas de mais de um pavimento, os conhecidos sobrados. É comum as pessoas escolherem construir sobrados neste tipo de terreno por motivos estéticos e de design, pois a arquitetura de um sobrado pode oferecer um visual mais imponente devido sua característica vertical e diversificado em comparação com uma casa de um único andar. Neste tipo de casa, o uso de pé direito duplo, varandas e sacadas, diversidade de personalização, entre outros, permite um maior índice de valorização do que uma casa térrea, melhorando questões de rentabilidade em casos de venda ou aluguel de imóvel. Apesar de neste tipo de terreno seja possível a construção de casas interessantes, alguns desafios devem ser levados em consideração. Como foi citado acima, é necessário fazer um recorte no terreno, com isso, a construção de muro arrimo para conter a terra, deste modo aumentando o custo de obra. Outra questão é sobre a acessibilidade, podendo ser uma desvantagem para pessoas com mobilidade reduzida, idosos ou famílias com crianças pequenas, pois este tipo de terreno implica o uso de escadas e rampas. Afinal, qual o tipo de terreno ideal para minha residência? Como vimos acima, os terrenos planos, em declive e em aclive possuem suas particularidades e desafios. A escolha ideal dependerá de alguns fatores como estilo de vida, custo de construção e necessidades específicas. Terrenos planos tendem a oferecer mais facilidade de construção e dos usos de espaço, enquanto terrenos em declive ou aclive podem proporcionar vistas panorâmicas e uma sensação de privacidade. Avalie seu orçamento e os custos associados à construção de cada tipo de terreno. Terrenos planos tendem a ser mais econômicos em termos de preparação e construção, enquanto terrenos em declive ou aclive podem exigir mais trabalho de terraplanagem e engenharia, aumentando os custos. Agora que você conhece as principais características entre os tipos de terreno, deixe